Acredito que este deve ser o caminho da grande maioria dos profissionais do esporte, o grande problema é que uma grande maioria coloca o resultado como um fator controlável e via de regra o que ocorre não é bem isso.
Todos planejam, controlam suas metas e objetivos, avaliam, realinham suas estratégias, flexibilizam, equilibram expectativas e buscam a melhoria do desempenho e, algumas vezes, se encontram com o resultado desejado.
Porém o resultado é algo que infelizmente ou “felizmente” (Teoria do equilíbrio competitivo), não temos controle. A situação no momento de uma decisão é extremamente incerto, cercado de aleatoriedade e imprevisibilidade, tudo associado a fatores que muitas vezes são de ordem emocional.
Constantemente, em alguns encontros acadêmicos digo aos meus alunos que devemos nos concentrar em nosso roteiro de trabalho, em nossas convicções e métodos, pois a única coisa que possuímos total controle é do treinamento, nele encontramos a grande oportunidade de transformação, criação de um ambiente rico em informações e gestuais técnico/tático, um ambiente de desenvolvimento capaz de produzir melhoria no desempenho daqueles que desejam se desenvolver por meio dele.
É claro que em muitos casos o resultado acompanha toda esta sequencia e isso é muito bom, pois a confiança, o equilíbrio emocional, a cresça no que se faz eleva as possibilidades de sucesso futuro.
É justo e verdadeiro afirmar que esse ciclo é intransponível, a cada passo que damos nos deparamos com novos “problemas” e o que muitas vezes deu certo ontem, hoje já não mais nos serve de referência, é preciso viver em constante estado de evolução.
Estamos e sempre estaremos sob o julgamento do o resultado final obtido, porém, quando ele não ocorrer isso não significará que todo o “restante” não foi bem executado.
Sentir-se contemplado pelo trabalho realizado vai muito além de ser o primeiro, o campeão. Sentir-se campeão é saber que tudo o que foi e será realizado lhe dará a possibilidade de competir, de lutar pela conquista, de ver seu trabalho, sua identidade, e seu esforço depositado naquela disputa.
Por força, os que vivem do esporte precisam vencer sempre, então...”boa sorte” a todos!
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